Chávez, sempre Ele...

terça-feira, 13 de novembro de 2007


Terminou no último sábado(10/11) a XVII Cúpula Ibero-americana, evento que reunião chefes de Esatdo da América Latina, Portugal e Espanha. A reunião, que em sí ficou morna nas decisões de efeitos práticos, esteve aquecida nos bastidores e discursos oficiais.
Logo na abertura, que aconteceu um dia após ao anúncio da descoberta da maior jazida de petróleo no Brasil, em Santos, Hugo Chávez em seu discurso que teve duração dobrada da prevista, chamou Lula de magnata de petróleo e o convidou a vender petróleo mais barato aos países pobres (convite que veio de quem nunca fez isso e ganha milhares de dólares vendendo caro aos EUA), além da proposta de criar uma "joint venture" petrolífera, a qual se chamaria de "PetroAmazonia".
Depois desse circo todo, a Cúpula entrou em sua fase técnica, onde alguns acordos de cooperação econômica e tecnológica foram afirmados entre os países participantes. Tivemos alguns pontos altos nesse período, como o encontro entre as duas chefes de Estado (uma atual e outra futura), entre Michele Bachelet e Cristina Kirchner que ganhou ares de clube da Luluzinha por parte da mídia.
Mas talvez o ponto culminante da Cúpula estava reservada para seu final. Durante seu discurso de encerramento, Hugo Chávez (de novo...) começou a atacar o ex-primeiro ministro espanhol José Maria Aznar, classificando-o como facista (não que ele não parecesse) de forma exaltada e insistente e só foi interrompido por um sonoro "Porque não te cala!!" de ninguém menos que o Rei da Espanha, Juan Carlos. O monarca espanhol passou na frente de seu chefe de governo, Zapatero, e passou um pito público em Chávez, que visivilmente constrangido esbravejou que era tanto chefe de Estado quanto o Rei, e que ao contrário do último, havia sido elegido democraticamente.
Pois é, mais uma vez Chávez consegue destaque um uma reunião internacional, não por seus dotes diplomáticos ou habilidades políticas, mas sim por sua retória que as vezes parece exagerada e não condizente com sua ideologia bolivariana.

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segunda-feira, 12 de novembro de 2007


Questão Ambiental


From: rogeriosil, 1 week ago





Apresentação sobre a questão ambiental atual. Aquecimeto Global e Protocolo de Kyoto estão entre os temas abordados.


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4º e 5º dias da Conferência Regional sobre Mudanças Globais: América do Sul

sábado, 10 de novembro de 2007




Os dois últimos dias da Conferência, seguindo a tendência dos primeiros, foram muito informativos e proveitosos. Na quarta, o tema foi "EVITANDO AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS". Nesse escopo, a primeira mesa redonda se valeu de representantes do setor produtivo, onde algumas empresas expuseram suas ações preventivas e mitigadoras sobre os impactos ambientais inerentes à suas atividades. O destaque para essa parte do evento, ficou para a representante européia do setor siderúrgico a francesa Arcelor, que destacou a necessidade de cooperação entre países desenvolvidos e em desenvolvimento para soluções em conjunto que beneficiem o meio ambiente.
Na segunda mesa da quarta, o destaque recaiu sobre Laura Tetti, representante da UNICA, União da Indústria de Cana-de-açúcar, que destacou o papel dos biocombustíveis, com claro destaque para o etanol, como alternativa às reduções de emissões de CO2 na atmosfera.
Na quinta tivemos uma verdadeira aula magna com o ex-ministro e ex-sub secretário geral da ONU, Rubens Ricupero. Sua larga experiência na diplomacia internacional o fez talvez a única voz atenuante sobre a acalorada discussão de opniões divergentes no tema. Ele ressaltou a necessidade de uma profunda revisão quanto a não obrigatoriedade de redução nas emissões de CO2, por parte dos países em desenvolvimento. Também colocou de forma muito eloqüente, o papel hegemônico negativos que os EUA exercem hoje no mundo.
Depois desses dias de conferência, muitas novas idéias permeiam minha cabeça, aguçam minha imaginação e despertam novos interesses. É muito proveitoso ouvir diferentes pontos de vista sobre o mesmo assunto, principalmente quando se trata de profundos especialistas.
Talvez um resumo de todo evento, é a idéia de que o Brasil está bem engajado na questão ambiental, tem corpo muito qualificado para o debate técnico sobre o assunto. Mas talvez falte a velha e boa iniciativa prática, principalmente por parte da esfera pública. Os representantes do governo que estiveram presentes no evento, tiveram participação muito secundária, e um tema dessa magnitude não pode nunca ser neglegenciado pelo governo do país que almeja se tornar a primeira potência econômica tropical do mundo.
Esse tema terá continuidade em posts futuros.
É isso aí!

2º e 3º dia da III Conferência Regional sobre Mudanças Globais

quarta-feira, 7 de novembro de 2007



Por pura falta de tempo, vou condensar os 2º e 3º dias do evento nesse único post. Como tive que deixar o evento antes do final no 2º dia, pois tive que viajar à Valinhos, acabei não assistindo por completo uma das mais interessantes intervenções até o momento do evento: a palestra da geógrafa Helena Ribeiro da Faculdade de Saúde Pública da USP.
Os temas abordados foram variados, mas quero destacar aqui a crescente e acalorada discussão acerca dos biocombustíveis. Tantas foras as opniões controversas sobre o tema, que seria possível uma outra conferência específica para tal.
O Prof. da Fundação Getúlio Vargas e ex-ministro da Agricultura do Governo Lula, Roberto Rodrigues, ministrou uma palestra apontando um futuro promissor para o setor da agroenergia no Brasil, fazendo inclusive, o lançamento do primeiro curso de pós-graduação em agroenergia do mundo, ministrado em conjunto pela FGV, EMBRAPA e ESALQ.
Amanhã será o último dia do evento e, infelizmente, não poderei participar na parte da tarde, mas farei o possível para abosorver o melhor possível no período matutino.
Até mais!

III Conferência Regional sobre Mudanças Climáticas: América do Sul

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

1º dia de Conferência

Participei hoje (segunda, 05/11) do primeiro dia efetivo da III Conferência Regional sobre Mudanças Climáticas: América do Sul que está sendo realizado em São Paulo. Por motivos profissionais (estava lecionando no período da manhã), só pude tomar parte da mesa redonda do período vespertino. A pauta do dia foi centrada sobre o tema "A CIÊNCIA DAS MUDANÇAS GLOBAIS", e a mesa da qual tomei parte foi particularmente interessante, denominada "Confiabilidade e Incertezas nos Resultados do IPCC 2007.
Os cientistas que expuseram foram:
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Antonio Divino Moura (Inmet, Brasil)
- Carolina Susana Vera (CIMA/Univ. de Buenos Aires, Argentina)
- Humberto Ribeiro Rocha (IAG/USP, Brasil)
- Ilana Wainer (IO/USP, Brasil)
- Marcos Heil Costa (CCA/UFV, Brasil)

As exposições foram bastante técnicas e informativas, variando desde a enfatização na dificuldade na obtenção de dados climatológicos antigos e confiáveis, até a influência dos oceanos na dinâmica climática global, parte esta dada pela Prof. Dr. Ilana Wainer do Inst. Oceanográfico da USP.
Durante as exposições e no debate que as sucedeu, ficou muito evidente para mim, pelo menos, que toda discussão sobre a validade do relatório do IPCC este ano, gira em torno dos inúmeros e diferentes métodos utilizados para a coleta dos dados e suas respectivas conclusões. É ponto passivo que toda divergência possível entre os estudos climáticos do IPCC e de outros institutos, se devem basicamente à esse fato.
Como conclusão pessoal deixo a impressão de que há muito a se avançar na comunidade científica especializada, tanto na área de mudanças climáticas, quanto à uma possível e talves necessária normatização/padronização de métodos confiáveis para que as várias pesquisas realizadas em todos o mundo, possam serem confrontadas e discutidas com o escopo único de melhorar nossa vida no planeta Terra.
Até amanhã!!