Leilão de ministérios

segunda-feira, 26 de março de 2007

As notícias do planalto central das últimas semanas têm me deixado perpelxo (de novo...).
Quem estiver acompanhando a escalação ministerial do presidente Lula, talvez também esteja. Eu sempre me pego na esperança de não estar entendendo o que está se passando, mas temo que entendo...
Nosso famigerado presidente está leiloando os cargos ministeriais com a intenção de favorecimento político, na cara dura! Esse é seu, esse é dele, esse outro é daquele... Como assim?
Se o critério principal para a escolha dos ministros for a repartição da representatividade política entre os partidos aliados, quem é que vamos ter no primeiro escalão da República? Infelizmente já sabemos a resposta: colegas, correligionários, "cumpadres", ou indicados desses todos.
E a competência para exercer o cargo atribuído, onde fica? Ah, sim! Em terceiro ou quarto plano, como já prevíamos...
E não me venha com o papo de que política é assim mesmo! Peguemos o exemplo da Palestina, que nem um Estado ainda é: A ANP, ou Autoridade Nacional Palestina, núcleo central do que virá ser o Estado Palestino, escolhe seus ministros pela experiência/habilidade/gabarito na função que o escolhido exercerá. Simples e óbvio, mas não comum.
Dessa forma, nunca veremos atrocidades como um médico no ministério da fazenda (tá tão mal assim...?), um advogado no ministério da saúde, e por aí afora.
Quer ser ministro da saúde na Palestina? Se não tiver título de pós-doutorado, experiência de vários anos em administração hospitalar, pesquisas em epidemologia, ou qualquer outra atividade que comprove sua competência para exercer tal cargo, pode esquecer.
Não é assim que a imensa maioria das empresas privadas e públicas escolhem seus empregados? Currículo, dinâmicas, entrevistas, etc. O que há de errado nisso em se aplicar para escolher também cargos públicos do primeiro escalão?
Na Palestina nada, no Brasil, tudo.

Vantagens e desvantagens da globalização

terça-feira, 20 de março de 2007




A abertura da economia e a Globalização são processos irreversíveis, que nos atingem no dia-a-dia das formas mais variadas e temos de aprender a conviver com isso, porque existem mudanças positivas para o nosso cotidiano e mudanças que estão tornando a vida de muita gente mais difícil. Um dos efeitos negativos do intercâmbio maior entre os diversos países do mundo, é o desemprego que, no Brasil, vem batendo um recorde atrás do outro.

No caso brasileiro, a abertura foi ponto fundamental no combate à inflação e para a modernização da economia com a entrada de produtos importados, o consumidor foi beneficiado: podemos contar com produtos importados mais baratos e de melhor qualidade e essa oferta maior ampliou também a disponibilidade de produtos nacionais com preços menores e mais qualidade. É o que vemos em vários setores, como eletrodomésticos, carros, roupas, cosméticos e em serviços, como lavanderias, locadoras de vídeo e restaurantes. A opção de escolha que temos hoje é muito maior.


Mas a necessidade de modernização e de aumento da competitividade das empresas produziu um efeito muito negativo, que foi o desemprego. Para reduzir custos e poder baixar os preços, as empresas tiveram de aprender a produzir mais com menos gente. Incorporavam novas tecnologias e máquinas. O trabalhador perdeu espaço e esse é um dos grandes desafios que, não só o Brasil, mas algumas das principais economias do mundo têm hoje pela frente: crescer o suficiente para absorver a mão-de-obra disponível no mercado, além disso, houve o aumento da distância e da dependência tecnológica dos países periféricos em relação aos desenvolvidos.
A questão que se coloca nesses tempos é como identificar a aproveitar as oportunidades que estão surgindo de uma economia internacional cada vez mais integrada.

O Fardo Que O Mundo Carrega

quarta-feira, 14 de março de 2007

Entre a calma e o desespero, o vento varrendo o ódio,
De punhos firmes, com força, entre o agora e o tempo passado,
Fica a verdade dos episódios, a vossa verdade idolatrada.

Se por coincidência dentro desse famigerado espaço,
Abrissem os olhos, os vivos em devaneios desesperados,
A alegria norteasse às narrativas temporais e existissem sepulcros,
De tristezas e extinção da crueldade.

Recordasse as lamentações atiradas pelo o planeta Terra,
Nas trevas lacrimoniosas circundadas pelas muralhas,
De vossa verdade pura. Todas as verdades das loucuras.

Nos cristais da mente que o conhecimento armazena,
Permanecesse a face calada, a brava melodia do homem...
Vozes de todas as vozes.

Nos meridianos dos mares, das ilhas, dos atóis,
Enxergaram as verdades: estrela do planeta, anzóis...
Rochedos de peixes. O clarão da alma perdida.
O fardo que o mundo carrega.
Fui... velhas mentiras, em busca de novas verdades!

Post inaugural!

Olá a todos!!

Acabo há pouco de realizar uma vontade antiga que vinha postergando há muito tempo: criar um blog! Não sei se estou muito atrasado no tempo, provavelmente sim, mas acho que posso compensar o tempo perdido.
Minha idéia de criar um blog geográfico, nasceu nas aulas, laboratórios, palestras e outras atividades inerentes à minha profissão que desenvolvo há anos. A crueldade temporal de nossos dias imprime uma velocidade não compatível à nossa vontade, e faz com que gastemos muito tempo com afazeres burocráticos e secundários, deixando uma quantidade insuficiente para aplicarmos com o que realmente gostamos de fazer.
No meu particular caso, quase sempre termino uma das atividades inicialmente citadas e fico com uma sensação de que poderia fornecer mais informações aos meus alunos e ouvintes do que realmente o fiz.
Por este e outros motivos parecidos, sempre almejei criar através de uma ferramenta virtual, tão presente e agregada ao nosso dia-a-dia, como a internet, um espaço, ainda que virtual, para compartilhar essas informações adicionais com qualquer pessoa que desperte interesse.
Espero com isso estar contribuindo, mesmo com uma parcela ínfima, com a expansão de acesso e democratização do conhecimento, neste caso, na área geográfica.